sábado, 22 de maio de 2010

A Filosofia da Formiga

A nossa vida não tem sido fácil ultimamente, e isso é uma grande verdade! Em meio a tanta informação, tanta propaganda e correria, trabalho e contas pra pagar, família e amigos, o tempo já não dá mais conta dos compromissos do dia.
Mas não é de tempo que vamos falar aqui. Para organizar as coisas é preciso não apenas tempo livre. Mais que isso, é preciso ter uma base, uma filosofia de vida, um “chão” onde construir a nossa vida. Pois bem, conta o Sr Wilson Meiler, em seu blog Evoluindo (www.evoluindo.org), que a formiga nos ensina uma importante filosofia, que se divide em quatro partes. São elas:
Primeira parte: AS FORMIGAS NUNCA DESISTEM. Esse é um jeito incrível de encarar a vida. Se você colocar um obstáculo em frente à formiga ela sobe o obstáculo, dá a volta ou passa por baixo, enfim, ela sempre explora todas as alternativas. Se necessário for, ela contorna o aposento inteiro para ultrapassar o obstáculo sem nunca desistir ou voltar atrás. Isso é muito importante para nos ensinar a nunca desistir dos objetivos ao primeiro obstáculo.
Segunda parte: AS FORMIGAS PENSAM “INVERNO” DURANTE TODO O VERÃO. Essa é outra perspectiva importante para se olhar a vida. Não estou afirmando que devemos viver preocupados com o futuro, ansiando a tempos ruins, nada disso! Mas não podemos ser tão ingênuos ao ponto de achar que o verão vai durar para sempre. Assim as formigas trabalham, colhem e guardam durante todo o verão, para ter bastante suprimento quando o inverno chegar. Pense além do verão, pois com certeza uma hora ele vai acabar.
Terceira parte: AS FORMIGAS PENSAM “VERÃO” DURANTE TODO O INVERNO. Essa parte da filosofia da formiga é justamente para amenizar a segunda. Durante o inverno as formigas lembram para elas mesmas que o frio, a chuva e o céu escuro não vão durar para sempre; logo elas estarão lá fora na grama verde novamente. E no primeiro dia de calor elas já aparecem em todos os lugares. Se aparecer uma frente fria nos primeiros dias da primavera elas aguardam um pouco mais, sabendo que uma hora o inverno acaba. Não irá durar para sempre.
Quarta parte: Você sabe o quanto uma formiga guarda durante o verão para passar o inverno? Resposta: TUDO QUANTO ELA PUDER!
Ok, façamos uma reflexão sobre o assunto. A crônica é puramente metafórica, e ressalta alguns pontos que considero relevantes analisarmos de perto. Primeiramente, a importância do trabalho árduo, e de termos sempre em mente o próximo passo. O profissional de sucesso é aquele que sabe fazer o seu trabalho e ao mesmo tempo tem discernimento para enxergar o reflexo das suas escolhas no futuro, seja imediato ou não. E, isso não quer dizer, é claro, que devemos sacrificar os momentos felizes.
Por momentos felizes entendo o respeito pelas pessoas, o prazer de ajudar a quem precisa, a recompensa pelo serviço bem feito, a consciência de fazer algo para melhorar o mundo em que vivemos. A frustração no trabalho vem dos momentos infelizes que, quando acumulados, são a causa do nosso descontentamento. Todos querem um bom salário, comprar casa, trocar de carro e viajar, mas é importante saber que a felicidade não está em algo idealístico. Até mesmo porque o conceito de ideal é sempre o que achamos que os outros pensam que é o ideal.
A felicidade não é algo que se encontra dentro ou fora de alguém ou de alguma coisa. É, antes de tudo, um estado de espírito, uma lente a qual vemos o (nosso) mundo melhorar com nossas escolhas acertadas. São os pequenos gestos que engrandecem a nossa “alma” e que nos fazem adquirir a sabedoria dia após dia. Nesse aspecto, chamamos de fé a força que nos impulsiona rumo aos nossos sonhos, rumo a nossos objetivos. A fé não tem raça, cor ou gosto. Não nos faz maldosos nem julga certos ou errados. Nesse sentido, a metáfora sobre a formiga nos ensina que devemos trabalhar arduamente na construção do nosso futuro, um caminho que não é fácil nem para quem é patrão, nem para quem é empregado. Por isso é que não podemos nos frustrar com a vida.
Todos têm plenas condições de conseguir tudo aquilo a que desejam com a força da verdadeira fé. É dessa maneira que fazemos nosso destino. Quem somos é sempre uma decisão nossa! Temos a obrigação de assumir nossas responsabilidades com a vida e com o mundo, e sentimos todos os dias na pele o que isso significa. Mas devemos reconhecer, também, o nosso direito de aproveitar, ao máximo, tudo o que a vida tem de melhor.

Thiago de Letras.